Me questionaram sobre
o blog.
Tenho me questionado
sobre o blog.
Às vezes, poderei(ia)
estar tirando o foco dos meus objetivos.
Isso, realmente,
estava me consumindo.
Mas, desde ontem,
tenho pensado diferente.
Estudo numa escola cujo
nome é CEAQ (Centre d’Etudes sur l’Actuel et le quotidien).
Começo a descobrir que
meus “colegas de classe” estudam, pesquisam e discutem o atual, o que está
acontecendo na pós-modernidade, as diversas e as diversidades das tramas
sociais que esbarram em nosso “universo particular”, modificando-o.
O blog para mim é
aquele velho guardanapo onde a gente rabiscava enquanto esperávamos o amigo, a
namorada, a batata frita chegar. É aquele potinho de giz de cêra que a gente
fica brincando no restaurante, enquanto o garçon troca o chopp.
As redes sociais são
isso.... janelas abertas (cuidado com essas janelas) para o mundo. Em tempos de
“identidades fluidas” nossa cara está aí, em todos os lugares. Damos nossa cara
a bater em nível mundial toda vez que postamos algo em nossos murais, em nossos
blogs. Por incrível que possa parecer, o orkut é coisa de séculos atrás, o
twitter perdeu-se na rede, o msn ficou velho e chato (emoticons nem pensar) e o
facebook é a sensação do momento... a última coca-cola do deserto.
Em tempos de mensagens
rápidas, o blog é uma possibilidade pós-moderna de voltarmos à literatura. O
texto bem escrito, a linguagem atual, o estilo próprio, desenhado pelas
palavras. A mensagem legal... a informação bem dada... uma dica cultural, uma
mensagem bacana, uma conquista... o lado bom da vida.
Mas tem que ser visceral.
Só vale blog visceral! Tem que sair das entranhas. Tem que ter e ser “faca
afiada”. Por isso parabenizo o blogueiro (meu amigo, meu irmão, meu “fiel
escudeiro”... aquele que compra meu barulho e ainda é da turma do bate-cabelo) www.pintosadeluxe.blogspot.com.
Fica a dica: texto afiado, curto, direto... “porrada na cara” de toda a caretice
e superficialidade que perpassam nossas vidas. O mais legal do “pintosa de luxe”
é ser verborrágico, um grito de vida, de desespero e muita “caricatice”. Afinal,
de que vale a vida se não fizermos uma pouco de caricatura dela? Vamos rir de
nós mesmos!
Tem muita coisa boa na
rede. Tem muita coisa legal sendo escrita, compartilhada, produzida,
distribuída.
Vamos fazer das possibilidades
que a pós-modernidade nos dá, aparatos para uma vida melhor, mais feliz, mais
fresh... mais ao sabor das marés, das ondas e das fibras ópticas.
Nada muito a sério.
Nada a priori.
Deixemos o tempo se
encarregar das respostas.
Vamos compartilhar
nossas impressões sobre o(s) mundo(s).