Ao longo dos posts, o objetivo é
apresentar dicas, “pulos do gato”... sugestões para quem pretende vir a
Paris – para estudo (principalmente), mas também para turismo. Uma coisa meio “jeitinho
brasileiro” dentro do status quo
francês.
Assim sendo, vou começar a organizar esse processo de chegar até aqui
para estudar. Vou dividir em mais de um post para não ficar chato, longo, massante...
Adoro tópicos e lá vão eles:
2.
Aprenda
francês. Invista em um bom professor. Faça 03 aulas por semana, cada uma
delas com 90 minutos. Ouça música francesa. Assista à tv francesa. Leia em
frânces. Apesar disso, tenha certeza: toda língua é viva. O francês que vai ser
encontrado aqui é bem diferente daquele da sala de aula. Solução: ao chegar
aqui, abra bem os ouvidos, ouça mais, fale menos e se inscreva logo num curso
de francês. Para quem mora em JF, tenho ótimas sugestões de professoras.
3.
Aprenda o
jeito e a velocidade da vida na França. Tudo é diferente! Às vezes, nós
brasileiros, parecemos ansiosos demais para eles. Saibam que aqui também o
serviço público deixa a desejar.
4.
Documente-se
desde o primeiro contato. Quando a CARTA DE ACEITE (esse precioso documento)
estiver sendo escrita, tenha o cuidado de pedir ao secretário do seu orientador
para que coloque algumas informações básicas (isso evita vários emails, stress,
desistência... em suma, problemas): início do trabalho; duração; tema; regime
(cotutelle ou co-diretion – isso é importante e falarei abaixo). Claro, papel
timbrado, assinaturas etc.
5.
Regime da
tese. Cotutelle: você está vinculado a um programa brasileiro. Co-diretion:
você não está vinculado a um programa brasileiro. Ao final dos trabalhos, ainda
irá “correr atrás” de um programa de pós-graduação brasileiro que aceite sua
tese, deixe você defendê-la novamente, para validá-la. A segunda opção é mais
difícil – e claro, optei por ela.
6.
CAMPUSFRANCE.
Não há como estudar na França sem passar pelo CAMPUSFRANCE. É uma insituição
importante que faz a ligação entre o aluno e a França. É a primeira triagem para seu requiremento de SÉJOUR D’ÉTUDIANT. O CAMPUSFRANCE custa atualmente R$
335,00. O processo se inicia na criação do dossiê no site http://www.bresil.campusfrance.org/.
7.
Prepare o
bolso. O CAMPUSFRANCE, idas ao consulado, tradução juramentada, xerox,
passaporte e seguro de vida (válido por 1 ano, com apólice de no mínimo 30 mil
euros – falo sobre isso depois) devem gerar custos de R$ 4 mil reais.
8.
INSURANCE.
Ninguém entra na frança (e em boa parte do mundo) sem um bom plano de saúde.
Veja o tempo que vai ficar estudando e compre um bom seguro. Média de preço:
comprei um bom seguro por 1 ano e gastei R$ 2.000,00. Daqui a pouco terei a
CARTA VITALE... que é o documento que dá acesso aos serviços médicos públicos e
gratuitos – que parecem ser muito bons. CARTA VITALE é um documento oficial e
obrigatório. Para o ano que vem não terei mais necessidade de renovar o seguro,
uma vez que já estarei com minha CARTA VITALE. Por outro lado, estar do outro lado do mundo com as seguranças que um bom seguro-saúde te dá... tem seu valor (e acho que esse valor é alto).
9.
DEMANDE D’ATTESTATION
OFFII. Quando for pegar seu visto de estudante (atenção ao prazo de 15 dias
úteis antes da sua viagem – quase dancei nessa!!!), você reberá um documento
cujo nome é VISA DE LONG SEJOUR –
DEMANDE D’ATTESTATION OFFII. O documento que você receberá no consulado te
pede para ir à Rue de la Roquete – não vá. Lá é somente para quem vem trabalhar
na França. Vá à Cité Universitáire (RER B), munido dos seguintes documentos:
original e xerox de passaporte, certidão de nascimento, foto 3x4, DECLARATION D’HEBERGÉMENT
(dada por um francês, que atesta onde você vai morar na França), documento de
identidade desse francês, comprovante de residência.
Esse post termina assim.Apenas informando sobre o começo.
E viva Nossa Senhora da Aparecida!
Quem não tem como ir a Parisssssscida do Norte vai à Église de la Madeleine.
Um lugar lindo, emocionante... paz em Paris.
O importante é estarmos sempre zelando pela nossa fé.
Do outro lado do Atlântico, hoje eu “pedi” por todos os brasileiros.
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